quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Estojos, queridos estojos

Há dias em que você acorda triste. Tão triste que cada um de seus atos parece sem sentido. Há, também, dias em que você acorda extremamente feliz. Tão feliz que o simples som oriundo da chaleira de água prestes a fever para o preparo de um ótimo café lhe deixa maravilhado e se torna tão importante quanto tudo o que ocorrerá durante o resto do dia.
Mas há, infelizmente, os dias em que você esquece seu estojo em casa. Quão terríveis são tais dias! Não há nada que se possa fazer a não ser se conformar... É nesses dias que as pessoas VÃO lhe pedir aquelas coisas que só você carrega consigo. É nesses dias que você mais precisará do que nele está contido. Você percebe que um simples recipiente, infinitamente modesto, (por alguns, até considerado ordinário) é quase tão importante como um dos seus próprios membros (superiores ou inferiores!). E pior, sua dependência por ele faz você perceber que sua própria vida gira ao redor dele. Você se percebe prisioneiro em uma espécie de sistema no qual seu estojo é o centro! Studium centrismo, talvez? Não sou muito bom com invenção de novos léxicos... Sei apenas que é emprestando uma caneta , ou fazendo um comentário sobre a da pessoa do lado, que você pode fazer um novo amigo. Talvez o melhor amigo que venha a ter na vida. Ou talvez se apaixone, consiga um novo emprego, ganhe uma viagem, passe em um concurso (sim, até mesmo isso! Como o faria sem utilizar seus pertences armazenados cuidadosamente em seu estojo?). Às vezes, as pessoas não se dão conta da importância de estojos em nossas vidas. Pessoas mais sérias dirão que tudo isso é baboseira, que estojos servem apenas para uma melhor organização de materiais menores, ou, como nos diz o Sr. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, "caixa cuja forma e disposição internas se adaptam ao conteúdo". Forma e disposição internas se adaptam ao conteúdo e nós moldamos nossas próprias vidas a partir do conteúdo que nele inserimos.
Sim, estojos são importantes, tão importantes quanto comer, dormir, ler, sorrir. Definitivamente vivemos em um sistema Studium centrista! Haha! Acredito que ao menos eu viva!
E, após este curto devaneio, acabei de lembrar de que tenho um texto para escrever. Uhm... Deixe-me ver... Papel, apoio e... Vejamos... Onde está meu estojo?

3 comentários:

Deedee disse...

*-*
Isso me lembra... ter esqcido o meu num dia de prova de vestiba!
Mas por sorte... anjos existem!^^

E me lembra... que nós devemos ter problemas sérios! Pq pqp hein...huaahuahuahua

Unknown disse...

Se nossas vidas girassem ao redor de estojos, poderiamos considera-la facil, talvez um Estojocentrismos. Mas nossa vida possui varios pontos de atração, são estojos, cadernos, ficharios (você deve se lembrar, não é?), carteiras e livros..Oh! Nem vamos falar dos livros.

Rafa disse...

Cadernocentrismo? Estojocentrismo? Literatura-inútilcentrismo? Desabafarcentrismo? Roer-as-unhascentrismo? A nossa vida seria muito fácil, como disse a Deisi, se fosse só com um desses centrismos... Mas que o diabinho do etojo faz falta, isso ele faz. Comeria duas rodelas de cenouras para ter o etojo de volta em dias de esquecimento...