domingo, 13 de fevereiro de 2011

Rafa

http://pacotinhodebalas.blogspot.com/2011/02/o-momento-passou-deixei-passar-por.html

Esse foi mais um que passou.
Entre os vários que nos escapam desapercebidamente, esse se fez notar em sua lacuna abandonada, seus minutos inexistentes.

Deisi

http://setefiosumtear.blogspot.com/2010/09/quem-sofre.html

Até quando?
Até quando optaremos por chorarmos as mesmas lágrimas do mocinho? Mocinho, esse, que pode ser tão ruim, ou até mesmo pior, que o próprio vilão. Historicamente, podemos perceber atrocidades cometidas contra determinados povos da antiguidade, os quais eram tachados de marginais, sem consideração alguma por sua cultura diferenciada, suas vidas. Não somos, hoje, um reflexo de nosso passado? Não somos, porventura, nós mesmos, os vilões transvestidos de mocinhos?

Para sempre?

Cômica a maneira como vivemos. Criamos, ao fazermos planos, traçarmos metas, realizarmos sonhos, a falsa ilusão de que somos imortais.
Ilusão errônea essa que pode, facilmente, ser quebrada. Basta adoecermos durante dois dias para percebermos quão vulneráveis nossos corpos são.
Talvez devêssemos pensar em como vivemos, afinal de contas, não somos imortais.
Aproveitar mais os momentos felizes de nossas vidas? Talvez.
Mais empatia? Quem sabe?
Compreender melhor como o sistema nos aliena? Por que não?
Ter uma vida mais saudável? Pode, porventura, funcionar.
Quiçá fôssemos melhores agindo dessa forma.
Ou não.
E minha opinião? Bem, penso que a compreensão da alienação é o primeiro passo para percebermos como poderíamos agir de forma a termos uma vida melhor. Ou queremos mantê-las estagnadas para sempre? Desejamos, mesmo, submetermos-nos cegamente às regras do sistema? Preferimos pensar que somos os senhores de nossas vidas, quando não somos? Trabalharmos a semana toda, implorando para que essa passe o mais rapidamente possível e que o final de semana chegue tão logo quanto possível é o que realmente almejamos? Será que este tipo de comportamento não revela algo errado? Sim, tão errado, mas que é tremendamente difícil de compreender? O que está errado? O que me impede de perceber?
É... Melhor ficar por aqui, este trecho, por si só, pode ocasionar crises inimagináveis em alguém que realmente queira compreender, alguém que não deseja continuar na aterradora e umbrosa trama desenvolvida por um sistema cruel. Tão cruel a ponto de intimidar muitos frente a qualquer situação que possa tirá-los de tal situação...
E o processo é contínuo, não há como descobrir tudo de uma única vez.
Utópico? Perhaps...
Para o sistema, todo tipo de visão que tenta desmascará-lo é utópica!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Hipocrisia cotidiana

Muitas vezes, sou culpado por passar pelas pessoas na rua sem sequer cumprimentá-las.
Não me culpem, estava apenas pensando!
Pensando na vida, no que tinha que ter feito, no que terei que fazer, com quem precisarei falar, que trabalho preciso terminar, quais provas tenho que corrigir, pra quem tenho que ligar, desejar feliz aniversário ou simplesmente lembrar que eu existo, que ainda lembro da pessoa mas que não tenho muito tempo de falar com ela, afinal de contas preciso trabalhar, ter dinheiro e comprar coisas. Ah! Estudar também, para ter mais dinheiro e comprar mais coisas.
Sim! Dinheiro! Preciso de dinheiro agora!
Amigos? Ah, esses podem ficar pra depois.

Triunfo

Instante trivial que ocasiona alegria a tolos como eu?
Não importa.
O que importa é que consegui e você não.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Good boy

-Hey, mom! Hey, dad!
-Hey son! How're you doing? - asks dad.
-I'm good! I just need to tell you something... I can't help it, it's hurting me a lot not sharing it with you...
-Okay, go ahead, dear son! - says mom.
-I'm... Well... I'm so happy you are these very good parents I have and I think I'm not being a very good son...
-Don't worry, son! You're great for us and you don't cause any trouble. We'll always be proud of you! Why are you saying that? - asks dad.
-Nothing. It's just that I... I love you so much!
-We also love you! - says mom.
After the parents' leaving, the son wondered:
-Another frustrated attempt of telling them the truth... I think I'll never be able to do it...
He slept very late that night and even being so exhausted, some nightmares came, all of them caused by the awful social rules against who he really is.
When he woke up, he opened his eyes and thought:
-Another day, gotta go to school, be humilliated there, cry a lot about it, study to forget it, be a good boy and also try to create a good reason for my parents to love me...
And that's it...

Mentiras

Mentiras verdadeiras
Tão verdadeiras em sua plenitude
Que facilmente por você são aceitas

Mentiras inventadas por você mesmo
Mentiras que lhe machucam
Que você insiste em crer
Em um masoquismo desesperado
Devido à incessante necessidade de aceitação

Aceitação? De quem?
De você mesmo?
Talvez.

Vazio...

"Você sabe o que é isso? Quando é só você e uma folha de papel em branco? Quando você não consegue pensar numa única coisa que valha a pena dizer, um único personagem em que se pudesse acreditar, uma única história que já não tenha sido contada..." (Sandman - Neil Gaiman)
Às vezes, escrever demanda tempo... Momentos de inspiração induzida são difíceis de serem criados. Você está em sua zona de conforto, apenas aproveitando o tempo livre com inutilidades que no instante em que são realizadas, fazem-se ser as mais úteis ações do dia...
Ideias vêm, ideias vão. Vêm quando você menos espera e se você não aproveitá-las, escrevê-las, simplesmente se vão, não deixando vestígios de um dia terem sequer existido, deixando-nos no enorme vazio acinzentado com meros vislumbres esfumaçados de ideias há tempos esquecidas.